terça-feira, 15 de maio de 2012

Tempo-comunida em Batingas


Tempo Comunidade - Batingas

Por Prof. Ewerthon Vieira (09/03/2012).

            Na sexta-feira, 09/03/2012, ocorreu o 5º Tempo-Comunidade do Procampo. Dessa vez, o destino foi a retomada a comunidade de Batingas-Arapiraca, estado de Alagoas. Mesmo em recesso, a escola (nome?) abriu suas portas para nos receber. Por volta das 13h00min horas começamos a dialogar e sistematizar as atividades a serem desenvolvidas. No primeiro momento, utilizamos a sala de aula da escola para compartilhar e provocar questionamentos pertinentes ao debate sobre o que caracterizaria ou não um sistema econômico capitalista, suas promessas, impasses e limites socioambientais. Esse debate tinha como base teórica central um texto entregue antecipadamente a todos os estudantes. Após explorar suas nuances teóricas, dividimos a turma em três grupos, com mais ou menos cinco membros cada, para efetivar um levantamento empírico na comunidade. O norte da pesquisa exploratória fundamentou-se em duas questões:

1-      Como se caracteriza a comunidade de Batingas, do ponto de vista da estrutura econômica? (O que produz? Quem produz? Quanto produz? Como produz?)
2-      Há alguma unidade de produção não capitalista na comunidade? (Justifique a resposta)

            O percurso até a localidade revelou que a comunidade de Batingas tem sua singularidade, embora a integração comercial e geográfica com a zona urbana de Arapiraca oculte seu caráter rural. Contudo, semelhante ao que se observa em outras áreas rurais do Brasil, Batingas já expressa suas marcas liminares da globalização. Nesse sentido, é possível identificar a partir dos usos dos espaços, contextos que se interconectam, ao mesmo tempo, que se contradizem. Como exemplo, notamos alguns salões de beleza que anunciavam tratamentos específicos para os cabelos, com folders que evidenciavam modelos e produtos cosméticos, supostamente conotados como de última geração. Nesse mesmo contexto, coexistiam unidades habitacionais constituídas por casas de barro.
            A piçarra e o asfalto, os animais de tração e os veículos automotivos se entrecruzavam, assim como a tradição e a modernidade expressa, no nosso olhar, sobre a Comunidade de Batingas.
            Por fim, em torno das 17h00min horas nos reencontramos na Escola Manoel Humberto da Costa, compartilhando brevemente as experiências empíricas, verificando as dificuldades e avaliando os últimos ajustes necessários para sistematização da atividade encaminhada.

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