sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Batingas: "O veneno está na mesa!"

Tempo Comunidade - Batingas
Por Ewerthon Vieira (31/08/2012).



            Na sexta-feira, 31/08/2012, ocorreu mais um tempo comunidade do Procampo. De acordo com a perspectiva de continuidade dos trabalhos já iniciados, nosso grupo manteve-se no Povoado Batingas-Arapiraca, estado de Alagoas. Dessa vez, a Escola Estadual Manoel Humberto da Costa não só sediou o encontro, como constitui-se, mediante um bom número de seus professores e funcionários, como partícipe ativo das atividades desenvolvidas.
            Em pleno funcionamento, a direção da Escola abriu, excepcionalmente, um espaço para podermos desenvolver o trabalho de extensão universitária, ao mesmo tempo em que ofertava ao seu quadro docente e funcional a oportunidade de debater questões diretamente ligadas à dinâmica rural da comunidade.
            O trabalho consistiu na apresentação inicial dos princípios do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UNEAL, diferenciando de maneira enfática a necessidade de nos posicionarmos enquanto “educadores” e não apenas “profissionais da educação”, conforme assevera a autora Sonia Meire de Jesus, no texto “A formação de educadores do campo e o compromisso com a emancipação da classe trabalhadora” (2010). Em seguida foi exposto o vídeo intitulado “O VENENO ESTÁ NA MESA”, de Silvio Tendler, que trata fundamentalmente da questão do uso de agrotóxicos e suas implicações na saúde, política e vida socioeconômica dos produtores e consumidores de alimentos. O público alvo convidado para fazer parte contava com professores da Escola Manoel Humberto da Costa, agricultores e lideranças comunitárias do Povoado Batingas.
            Após a apresentação, dividimos o público em pequenos grupos que, sob a orientação dos estudantes do Procampo, debateram e responderam um pequeno questionário a respeito do filme apresentado. O objetivo foi sistematizar qual a relação da problemática dos agrotóxicos com a dinâmica rural da comunidade Batingas, bem como encaminhar propostas, no âmbito da prática educativa, de conscientização sobre os efeitos dos usos, revelando consequentemente a trama social que envolve a delicada questão.
            Por fim, houve uma pequena confraternização, onde os grupos de trabalho, juntamente a equipe Procampo compartilharam suas impressões sobre a experiência discursiva, firmando entusiasmadamente possíveis projetos de continuidade. 

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